Educação e Interesses.

Muito se critica a Educação no Brasil e pouco se faz para melhorar o quadro. E de quem e a culpa!? Onde estão as opções de melhorias!? Esses e outros questionamentos assombram as pessoas que se preocupam com um futuro melhor.
Muitas pessoas hoje em dia têm acesso ao nivel superior, isso ocorreu com o advento da multiplicação quase que insana das faculdades particulares, que visam muito mais o lucro do que propriamente a qualidade do ensino praticado dentro dessas ‘’empresas’’.
Pois bem, alem do lucro que estes caciques da educação ganham e da movimentação da economia, pouco se vê para a melhoria da educação. Ainda assim ultimamente o governo tem oferecido mais vantagens a essas instituições com programas que criam mecanismos subsidiarios ao acesso do povo ao ensino superior mediante o abatimento da divida pública dessas empresas com o governo, alguns desses programas são o Bolsa Universidade e o Pro-UNI.
Mas espera ai, esses programas estao errados!? Não, esses programas seriam brilhantes se o governo não estivesse apenas atrás de números para apresentar perante o cenário mundial como parte da estrategia de se tornar uma potencia mundial com uma variedade enorme de alunos que se formam anualmente. Contudo nem sempre esses novos profissionais estão capacitados para o mercado de trabalho um grande exemplo disso é o número de Bacharéis de Direito que se formam todo ano versus o número de advogados que consegue o registro de ordem. Para expressar em números simples, basta dar uma olhada rápida pelo jornal da OAB-AM, la eles informam que no segundo Exame de 2010 receberam 1.334 inscrições, somente 442 conseguiram avançar a segunda fase isso representa cerca de 33% dos inscritos e ao final da segunda etapa somente 137 bacharéis conseguiram obter a carteira da ordem, representando 30% dos que passaram a segunda etapa, e cerca de 10% do número inicial, também representando uma vergonha.
Então onde está o ponto principal dessa falta de qualidade!? O principal fato reside na constatação de que no Brasil, a educação de base não e nem de longe a aceitável para que a população seja capacitada para o nivel superior. Seria louvável o governo traçar planos e metas para a educação de base, que não fossem apenas em números, pois é fácil dizer que a porcentagem de analfabetos diminuiu no país, quando na verdade não se da um nível de alfabetização capaz de produzir sequer uma mente crítica no que se refere às aberrações sociais que rodeiam esses cidadãos.
Formar alfabetizados alienados é o plano, assim, enquanto a preocupação com a educação for sobre a questão de números e maquiagens, a nossa charge de potência mundial vai continuar exatamente sendo isso, uma charge, cheia de ironias e contradições.